quarta-feira, 2 de março de 2011

PROJETO BIRIBIRI NA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O projeto que vamos apresentar foi realizado na Escola Estadual Professor Leopoldo Miranda, Diamantina – MG, com a duração de duas semanas. Foi desenvolvido dentro do projeto Enduro em parceria com o Circuito dos Diamantes com enfoque na Vila de Biribiri, onde abordamos no campo da História a Revolução Industrial com enfoque na fábrica de Biribiri. Foi oferecida uma caminhada para os alunos do ensino médio onde desenvolvemos um trabalho interdisciplinar através de perguntas, abordando a história da Vila de Biribiri, buscando conciliar a história local com o contexto da Revolução Industrial.
Em meados de 1870, o então Bispo de Diamantina, Dom João Antonio Felício dos Santos, resolveu fundar uma fábrica de tecidos para empregar as moças pobres da região de Diamantina e arredores. A idéia de montar em Biribiri essa fábrica aproveitou-se da existência de uma queda d'água no local. Assim iniciaram-se as construções dos galpões (onde funcionaria a fábrica), as casas dos operários, o pensionato, o armazém e a escola. A partir desse contexto, podemos verificar os reflexos da Revolução Industrial nesta região, atentando-se para fato de que a fábrica foi construída de tal modo que as pessoas vivessem na e para a fábrica, tudo planejado de modo que as pessoas não saíssem em nenhum momento desse vínculo empregatício.
Em 1876 a fábrica estava pronta. Foi montada com maquinário vindo de MASSACHUTES-EUA (eram trazidos no lombo das mulas ou em carros de boi). De 1876 a 1921 a Arquidiocese de Diamantina tinha o poder sobre Biribiri até ser vendida a particulares. Hoje a Fábrica de Tecidos Estamparia S.A, administra uma bela propriedade perdida nas montanhas de Minas. A fábrica de tecidos funcionou ali até 1973, quando foi desativada por dificuldades econômicas: o acesso era difícil, as estradas em péssimas condições. No auge dos anos 50 a Companhia Industrial de Estamparia mantinha ali 1200 funcionários.